quinta-feira, 24 de abril de 2014

Estudo da Epístola aos Romanos capítulo 4

Oi amigos, tudo bem?
A paz do Senhor Jesus Cristo!
Continuando nossos estudos de Romanos, estaremos aprendendo um pouco mais sobre Abraão e a justificação pela fé.
( Oração )... Pai, como é preciosa a tua palavra, oh Senhor! Temos prazer e alegria em meditar nela e aprender dela. Fortalece-nos segundo a tua palavra Senhor, e capacita-nos neste estudo em nome de Jesus, amém!

___ Romanos capítulo 4 ___

Dos versículos 1 ao 25 .... Abraão justificado pela fé ___ Que, pois, diremos ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?
Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus.
Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.
Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida.
Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça.
E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independente de obras:
Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos;
Bem aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado.
Vem, pois, esta bem-aventurança, exclusivamente sobre os circuncisos ou também sobre os incircuncisos? Visto que dizemos: a fé foi imputada a Abraão para justiça.
Como, pois, lhe foi atribuída? Estando ele já circuncidado ou ainda incircunciso? Não no regime da circuncisão, e sim quando incircunciso.
E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso; para vir a ser pai de todos os que creem, embora não circuncidados, a fim de que lhes fosse imputada a justiça,
e pai da circuncisão, isto é, daqueles que não são apenas circuncisos, mas também andam nas pisadas da fé que teve Abraão, nosso pai, antes de ser circuncidado.
Não foi por intermédio da lei que Abraão ou a sua descendência coube a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante a justiça da fé.
Pois, se os da lei é que são herdeiros, anula-se a fé e cancela-se a promessa,
porque a lei suscita a ira; mas onde não há lei, também não há transgressão.
Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós,
como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí. ), perante aquele no qual creu, o Deus que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem.
Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência.
E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, 
não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus,
estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera.
Pelo que isso lhe foi também imputado para justiça.
E não somente por causa dele está escrito que lhe foi levado em conta,
mas também por nossa causa, posto que a nós igualmente nos será imputado, a saber, a nós que cremos naquele que ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor,
o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.

( Paulo usa este capítulo para falar sobre a diferença da justificação pela fé e por obras, e para isso, Paulo, usa a vida de Abraão como exemplo, pois os judeus consideravam a Abraão como um pai da promessa, da circuncisão.
Mas Paulo, quer mostrar à eles que Abraão não tinha sido justificado por guardar as leis, mas por ter crido em Deus primeiro.
Se Abraão tivesse guardado a lei, a justificação seria como uma gratificação dada à ele por seus esforços, um direito dele. 
Mas aquele que não guarda a lei, (por ser algo impossível aos esforços humanos), mas crê naquele que justifica o pecador e transgressor da lei, a sua fé em Deus lhe é atribuída como justiça.

Paulo usou dois versículos do velho testamento, para dizer que Davi, também já acreditava na justificação pela fé. 
Feliz é aquele que tem suas maldades(pecados) perdoadas, e tem seus pecados cobertos(justificados). Feliz o homem que Deus nunca atribuir à ele pecado (Salmo 32:1-2).
E ele continua dizendo que essa felicidade, ou bem-aventurança não foi dada somente aos que são circuncisos (judeus), mas também para os incircuncisos (gentios, não-judeus).
Foi pela fé que Abraão foi justificado por Deus e não por ter ele se circuncidado como selo da aliança feita com Deus ou por guardar os seus mandamentos.

Lembrando que quando Abraão, naquela época se chamava Abrão, foi chamado por Deus, para sair de sua terra, e parentela, e partir para uma terra a qual o Senhor o daria, para fazer dele uma grande nação (Gêneses 12:1-2)
Abraão partiu como o Senhor lhe ordenara, levando consigo, Sara sua mulher, que naquela época se chamava Sarai, e também a Ló, seu sobrinho (Gêneses 12:5).
Então vamos tentar imaginar um pouco o que aconteceu a Abraão: Abraão ouviu uma voz que disse à ele para largar tudo o que tinha, deixar sua família e com sua esposa, partir para uma terra distante, a qual ele ainda nem sabia qual era.
Com toda certeza este encontro que Abraão teve com Deus foi algo muito impactante, pois, ao ouvir a sua voz, foi gerado fé dentro dele, que creu, sem duvidar, e pegou tudo o que lhe pertencia e partiu, confiando que o verdadeiro Deus havia falado com ele.
A fé que Abraão teve de crer que Deus falou com ele e lhe havia feito uma promessa, o fez dele justo diante de Deus.

O segundo ato de fé de Abraão, foi crer que ele e sua mulher Sara ainda pudessem ter filhos apesar da idade de ambos avançada.
Deus tinha dito a ele que dele e de Sara, constituiria uma grande nação que herdaria a terra prometida. 
Mas como Abraão e Sara não possuíam filhos e pela idade nem poderiam, e Sara ainda era estéreo, não podia ter filhos. Com tudo isso, poderia ser algo difícil de acreditar, mas ainda assim Abraão creu, na promessa que Deus fez a ele, de dar a ele um filho de Sara, sua mulher (Gêneses 15:3-4).
E isso foi a justificação pela fé, que Abraão recebeu de Deus, por ter crido somente.
A circuncisão só veio depois, foi um selo que Deus deu a Abraão e a sua descendência, para mostrar que eram o povo escolhido de Deus, um sinal físico.
Por isso, Abraão era o pai da circuncisão, mas também o pai da fé, daqueles que como ele, viessem a crer nas promessas de Deus.

O terceiro ato de fé de Abraão, foi quando Deus pede a ele que pegue seu filho Isaque e leve ele ao Monte Moriá para o sacrificar em holocausto ao Senhor (Gêneses 22:2).
Abraão obedeceu a Deus, sem exitar, de madrugada pegou seu filho e foi. No caminho seu filho reconheceu que o pai tinha as brasas e a lenha para queimar o animal (holocausto) e pergunta ao pai onde estava o animal que seria sacrificado? Abraão responde ao filho que Deus proveria para si um cordeiro (Gêneses 22:7-8).
Que tamanha fé teve Abraão não é mesmo? Abraão não olhou as circunstâncias, mas creu que Deus cumpriria sua promessa.
E por isso ele foi tido como justo diante de Deus, por sua grande fé!

Se a herança dada a Abraão e a seus descendentes dependesse da obediência à lei, a fé seria anulada, ou seja, a fé não seria levada em conta por Deus.
Mas a lei suscita a ira, ou seja, a lei revela o pecado, então se fosse pela obediência a lei, seria impossível Abraão e seus descendentes receberem a promessa, porque todos os homens são pecadores e falhos em guardar as leis.
Por isso é pela fé, porque a fé revela a graça divina, que justifica aquele que crê, mesmo sendo pecador. Por isso a promessa é firme, porque não depende da obediência humana, mas da graça divina (favor dado por Deus sem nós merecermos).

E como isso aplica a nós hoje? Todos que como Abraão crê nas promessas divinas, também serão justificados pela fé. 
Aquele que crê em Deus e em sua promessa, de ter ressuscitado ao Senhor Jesus Cristo dentre os mortos, o qual foi entregue para ser morto em nosso lugar, pelos nossos pecados foi ele crucificado, para ser justiça em nosso lugar.
Se cremos nisso, também teremos nossos pecados perdoados e apagados e seremos como Abraão justificados porque cremos na promessa divina, por isso Jesus ressuscitou para que todos que creem sejam justificados.

Complemento dizendo que o pecado só é perdoado daquele que realmente se arrependeu dele, para viver segundo a vontade de Deus. Nisso podemos meditar no Salmo 51, onde mostra Davi arrependido por seus pecados e quebrantado, crendo ele no perdão de Deus. )

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